Paulina Chiziane: "Este prémio serve para despertar as mulheres e fazê-las sentir o poder que têm por dentro"
A escritora moçambicana, Paulina Chiziane vence o Prémio Camões 2021.Trata-se do maior galardão literário dos países da Língua Portuguesa. Chiziane é a primeira mulher moçambicana a ganhar o prémio.
A vasta produção literária e receção crítica, o reconhecimento institucional da sua obra, fez com que o júri decidisse por unanimidade atribuir o prémio.
Nas suas obras Paulina Chiziane dá maior ênfase aos problemas da mulher moçambicana e africana, e este facto também concorreu para a decisão do júri.
Depois da distinção, a autora de Niketche disse a Agência Lusa que o Prémio recebido serve para valorizar o papel das mulheres numa altura em que o seu trabalho ainda é subvalorizado.
"Afinal a mulher tem uma alma grande e tem uma grande mensagem para dar ao mundo. Este prémio serve para despertar as mulheres e fazê-las sentir o poder que têm por dentro", sublinhou Chiziane.
Paulina Chiziane nasceu em Manjacaze, Moçambique, em 1955. Estudou Linguística em Maputo. Atualmente, vive e trabalha na Zambézia. Possui uma vasta obra como, " Ventos do Apocalipse", "Balada do amor ao Vento", O Sétimo Juramento", "As Andorinhas", "Ngoma Yethu", entre outras.
Importa sublinhar que o primeiro moçambicano a vencer o Camões, foi o poeta José Craveirinha em 1991. Depois seguiu-se o escritor Mia Couto em 2013, dessa forma a escritora torna-se a primeira mulher moçambicana a receber este galardão.
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