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Reinata Sadimba expõe no Museu de Arte Moderna em Paris

Considerada uma das artistas mais influentes do continente africano, a ceramista moçambicana, Reinata Sabimba é uma das africanas escolhidas para fazer parte da exposição colectiva, denominada “O poder das minhas mãos – Áfricas: artistas mulheres”, no Museu de Arte Moderna, em Paris, França.



Concebida pela curadora angolana Suzana Sousa e o Museu de Arte Moderna de Paris, Odile Burluraux, a exposição pelo seu título "O Poder das mãos", procura trazer a ideia de um trabalho manual. 
Nas paredes do Museu da Arte Moderna, além das obras de cerâmica feitas pela Sadimba, são mostrados trabalhos de fotografia, pintura, vídeos e performance feitos por outras mulheres, artistas africanas.
Segundo a organização do evento, o principal objectivo da exposição é a partilha de experiências entre as mulheres participantes.

 “O poder das minhas mãos – Áfricas: artistas mulheres”, aborda temas como: corpo, espiritualidade, memória, maternidade e família. A mesma faz parte da "Temporada África 2020" e, assim que condições sanitárias permitirem as portas do Museu serão abertas ao público para que os apreciadores da arte desfrutem, da palavra e expressão feminina naquele catedral artística.

A mostra contará com obras de artistas como Stacey Gillian Abe, Njideka Akunyili Crosby, Gabrielle Goliath, Kudzanai -Violet Hwami, Keyezua, Lebohang Kganye, Kapwani Kiwanga, Senzeni Marasela, Grace Ndiritu, Wura-Natasha Ogunji, entre outras artistas africanas.

Reinata Sadimba nasceu em 1954, na aldeia de Nemu, província de Cabo Delgado. Durante a sua longa carreira recebeu diversos prémios e fez exposições na África do Sul, Portugal, Tanzania, Bélgica, Suíça, Dinamarca e Itália.

Para criar suas peças, Reinata usa argila, pela sua maleabilidade, e calcário branco e grafite, que lhe conferem uma cor verde característica da sua obra. Cria jarras, potes e panelas e outro tipo de peças com formas antropomórficas, com corpo e rosto e com escarificações ou marcas culturais da etnia Makonde. 
Os seus trabalhos têm várias mensagens subjacentes: "dois jarros emergem de um jarro, num vaso a cobra recria a vida e a morte que envolvem uma pessoa, as panelas têm várias bocas e pernas e as figuras que geralmente aparecem sem sexo estão a defecar". As figuras que cria estão ligadas aos contos e lendas da sua província. 


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