Se foi a Xicandarinha
Morreu hoje o escritor, ensaísta, professor, declamador e poeta moçambicano Calane da Silva, vítima de Covid-19.
Licenciou-se em ensino de língua portuguesa pela Faculdade de Línguas da Universidade Pedagógica de Maputo, Mestre e Doutorado em linguística portuguesa, vertente lexicologia, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Começou a fazer jornalismo em 1969, tendo atingido o topo de carreira em 1991. Foi durante 23 anos, jornalista e chefe de redação no jornal Notícias, na revista Tempo e director de informação da Televisão Moçambicana - TVM. Foi um dos co-fundadores da Associação de Escritores Moçambicanos, onde foi secretário adjunto, em 1987, foi director do Centro Cultural-Brasil-Moçambique. Docente no Centro de Línguas da Universidade Pedagógica, em Maputo, é investigador da literatura de Moçambique.
Em 2010 venceu o Prémio José Craveirinha, instituído pela Associação dos Escritores Moçambicanos (AEMO).
Colaborou na imprensa com a publicação de poesias, contos, crónicas e ensaios, está incluído na antologia Sonha Mamana África (1987). Publicou como obras como: Dos Meninos da Malanga (1981); Xicandarinha na Lenha do Mundo (1987); Nyembêtu ou as Cores da Lágrima (2008); Pomar e Machamba ou Palavras ( 2009).
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