Covid-19 leva Manu Dibango
Com 86 anos de idade o saxofonista Manu Dibango, perdeu a vida nesta terça-feira, 24 de Março, vítima do Covid-19. O sexafonista encontrava-se internado num hospital em Paris.
Conhecido no universo do "afro-jazz" como Papy Groove”, Dibango estava internado desde a semana passada, e é a primeira vítima mortal do coronavírus no mundo da música.
Dibango nasceu na cidade portuária de Duala em 1933. O pai era funcionário público, a mãe era designer de moda e ocasionalmente também professora.
O seu primeiro álbum foi o homónimo Manu Dibango, lançado em 1968, seguido por uma profusão de trabalhos como, "Saxy Party" (1969), o importante "Soul Makossa" e uma sequência quase anual de nova música gravada em disco ao longo de seis décadas. Em 2013 assinou o seu último álbum, "Balade en Saxo".
Dibango se tornou mundialmente famoso com a música "Soul Makossa" de 1972, um dos primeiros temas de afro-jazz conhecido no mundo.
Soul Makossa", era numa primeira fase o lado B de um single (45rpm) que continha um hino de homenagem à equipa de futebol dos Camarões por ocasião da Copa Africana, em 1972.
Depois da edição do primeiro trabalho, o sexafonista mereceu atenção das estações de rádio de Nova Iorque.
Nos anos 1980 Manu Dibango acusou o norte-americano Michael Jackson (1958-2009) de lhe ter plagiado uma música que fazia parte do alinhamento do álbum "Thriller" tendo o saxofonista dos Camarões conseguido um acordo financeiro como forma de compensação de direitos de autor.
Numa nota publicada na página oficial de Facebook do sexafonista, as cerimónias fúnebres serão restritas a família, contudo, assim que se mostrar possível será realizada uma homenagem ao músico.
Durante a sua carreira Dibango gravou com nomes como, Eliades Ochoa, com Youssou N'Dour, Peter Gabriel, Ladysmith Black Mambazo ou Sinéad O'Connor.
Manu Dibango perde a vida numa altura em que a Pandemia do coronavírus já se espalhou pelo mundo, inclusive em África e, foi nele que o músico calou seu sexafone.
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