“Sem Título-Técnicas de Luz” é o nome da exposição fotográfica patente na galeria da Fundação Fernando Leite Couto, de 1 à 28 de Fevereiro. A mesma pertence ao fotógrafo luso-moçambicano Paulo Alexandre, sob a curadoria de Filipe Branquinho e tem como principal pano de fundo exibir as diversas técnicas fotográficas, dando mais enfoque ao uso da luz.
Não se trata de uma exposição que retrata as inquietações do quotidiano, paixões, frustrações, desejos que os Homens passam na vida terrena. O próprio autor reitera que está longe de ser fotojornalismo, tão abençoado pelos “Ricardos
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Paulo Alexandre |
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Momento da inauguração da exposição |
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Iracema I |
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Olhar apreciador II |
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Olhares apreciadores |
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Tânia I |
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Olhar de apreciador I |
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Momento agradecimento |
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Paulo Alexandre em entrevista à TVM |
Rangeis” e “KoK Nam’s”. Paulo Alexandre nos leva a viajar pelo mundo das técnicas fotográficas. Do mesmo modo que as crianças se chafurdam na lama, o fotógrafo se “chafurda” na técnica. A luta acirrada pelo domínio da luz em suas imensas formas faz com que cada retrato seja cúmplice de uma beleza particular e única.
Aliar a técnica fotográfica à beleza das mulheres, só Deus fizera na benigna criação. A alma feminina é um espelho que se parqueou em debandada nas “Objectivas” de Paulo Alexandre. Cada olhar, gesto, pose repercute-se nos mínimos detalhes. Não se sabe ao certo se é a alma feminina retratada que é bela, ou são os retratos de Paulo. Fica aí a dúvida. No entanto, para um apreciador não desatento, percebe que a exposição “Sem Titulo- Técnicas de Luz” resulta de um trabalho de anos de pesquisa, por essa razão encontramos fotografias capturadas, de 2011 até 2017, o que nos leva crer que foi um longo exercício para se ter o resultado que hoje contemplamos.
Os títulos das obras cantam os nomes das raparigas retratadas. Quem for visitar a exposição certamente encontrará cada uma delas: a Iracema, desenhada num fundo branco e preto. A Madina, esfacelada de uma negrura incomparável. A Karol, vestindo a alma da escuridão num lugar que desconhecemos. Cada mulher tem a sua magia e suavidade, cada mulher é uma e cada técnica usada é uma mulher.
Percurso
Paulo Alexandre nasceu em Lisboa em 1965, vive e trabalha em Maputo desde 1988. Dedica-se a fotografia com principal destaque para os domínios da publicidade, moda e corporate. A fotografia documental e de viagem também fazem parte do seu acervo o que de certa forma o obriga a pesquisar técnicas e novas temáticas.
Não tem uma inspiração para fotografar, retracta tudo, tem paixão naquilo que faz. Para Paulo, fotografia é prazer. Já fizera diversas exposições colectivas das quais: Monte Binga- A Montanha dos Espíritos (2008), Amazónia- Viagem a Anajás (2009), No Topo da Gorongosa, (2009), Mulheres- Descortinando (2011) e Espreitar a Alma (2017). Contando com uma exposição individual realizada em 2015 como título “Outra dimensão. Suas obras também encontram-se documentadas em livros como” Fauna de Moatize, Memória Futura e Photar Moçambique. Em 2010 e 201, participou do projecto “Waking Words” e “A Italiana” em 2012.
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