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Ungulani ressuscita as mulheres do imperador



No dia 15 de Fevereiro de 2018, na Livraria Minerva, sediada na cidade de Maputo, o escritor moçambicano, Ungulani Ba Ka Khossa lançou a sua mais recente obra literária denominada |”Gungunhana” e a mesma retrata a história do império de Gaza.

Khossa usa seus dotes sobre a história de Moçambique para ressuscitar as mulheres de Gaza e, segundo o autor a obra recentemente lançada é uma homenagem a estas senhoras que com “Gungunhana” partiram ao exílio, são elas: Phatina, Malhslha, Namatuco, Lhésipe, Fussi, Muzamussi e Dabondi. Destas sete, apenas quatro voltaram de Portugal, nomeadamente Phatina, Malhslha, Namatuco e Lhésipe e as restantes ficaram em Açores onde o rei se encontrava exilado.


Além de discorrer sobre as mulheres do imperador, no “Gungunhana”, o autor narra o reinado do “Leão de Gaza”, o declínio do império. O escritor, Marcelo Panguana, que  coube-lhe a apresentação da obra, disse que Ungulani, escreve para não  deixar morrer o passado e o presente, a exemplo de Craveirinha que com a sua poesia acompanhou os períodos mais marcantes do país, desde a presença colonial até aos poros da guerra civil. No trajecto da apresentação Panguana afirmou que, um dos méritos da obra é o regaste do passado, mesmo que isso seja um mero exercício de conciliar a história à ficção.


O autor do romance “o Vagabundo da Pátria” assegurou que com a obra, Ungulani fecha de forma auspiciosa, o ciclo da história de Gaza e seus protagonistas. Acrescentou ainda que o autor sempre teve a plena consciência de que as épocas e suas gentes devem ser imortalizadas, sobretudo através da literatura para ocuparem o seu lugar nos anais da nossa história.


“Gungunhana” é o segundo livro de Ungulani que narra à história do império de Gaza e é constituído pelo “Ualalapi” lançado em 1987 e “As Mulheres do Imperador”, um texto inédito. Segundo nos contou o escritor, o título da obra devia ser “As Mulheres do Imperador”, no entanto, quando o seu editor, João Rodrigues viu os manuscritos sugeriu que contemplasse também “Ualalapi” e dessa forma tendo mudado o título para “Gungunhana”. E a forma de escrever o nome do rei de Gaza, Gungunhana, Ungulani procurou respeitar a grafia da época (na grafia actual se escreve Ngungunhane). 

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