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Sepúlveda expõe "Sombras do Trópico"

Na noite de quarta-feira 21 Fevereiro de 2018, o Centro-Cultural Franco Moçambicano, acolheu a inauguração de uma exposição de pintura e gravura, do artista plástico chileno Francisco Sepúlveda, intitulada “Sombras do Trópico”. A mesma retrata autoconhecimento e uma plena fuga da realidade.

Quando se fala em sombras logo de antemão nos vem a mente, figuras negras e assombrosas, que viajam pela eternidade incomodando a vida das pessoas. No entanto, a arte olha para as sombras de uma forma diferente, mais abstracta e inconcreta e essa visão futurista encontramos nas obras do artista Chileno Francisco Sepúlveda. As suas sombras nos remetem as civilizações antigas, são gatos carregando frutas no ventre, rostos de vários olhos, personagens estranhas exercendo actividades em um tabuleiro de xadrez (suponhamos). Sepúlveda nos leva a viajar pelo mundo do enigma, convida-nos a reinterpretar o que ele já interpretou, temos que descobrir que sombras, que trópicos são esses que vem sentenciados no título da exposição “Sombras do Trópico”. Em Geografia aprendemos que trópico é cada um dos dois círculos do globo terrestre paralelos ao equador, existindo ao norte o de câncer e ao sul o capricórnio. Mas neste contexto não se trata de uma geografia científica, mas uma ladeada na mente do artista, o seu trópico são as imagens que ele imagina e vai pintando.


De outro modo, Sepúlveda considera que exposição é uma fuga da triste realidade que cerca o mundo e uma forma de conhecer a si mesmo. Embora, as telas sejam de um labor sofisticado e terem exigido do artista muita pesquisa, foram todas preparadas no ano de 2017, não existindo nenhuma obra exposta fora deste período.
Formada por 11 obras dentre as quais se encontram algumas pinturas e gravuras, a exposição ganhou o nome de “Sombras do Trópico” em homenagem ao título de uma das obras expostas.
Artes plásticas em Moçambique na visão Sepúlveda  
Vive em Moçambique a três anos e da lá para cá já manteve contacto com alguns artistas moçambicanos. Em jeito de confissão o nosso entrevistado afirmou que aquando da sua chegada no país pesquisou em livros e na internet, tendo encontrado pouca informação sobre artes plásticas moçambicanas, mas ao longo do tempo foi descobrindo múltiplos artistas e trocando experiências com os mesmos. Sepúlveda  enaltece os trabalhos dos nossos mestres dando maior enfoque a Malangatana e Reinata Sadimba.

Percurso do artista
Francisco Sepúlveda nasceu em 1977, na cidade de Santiago no Chile. Entre 1992 e 1995 iniciou a sua formação artística com cursos de extensão na escola de arte da Universidade Católica do Chile. Em 1996 fez a sua licenciatura em artes plásticas na Universidade de Arcis. Entre 1997 a 2000 Sepúlveda volta a sentar-se nas carteiras da Universidade de Católica, mas dessa vez para estudar pintura e gravura, desenho e história da arte.

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