"Makazani Rodrigues" um artista em Ascensão
Desde a infância Makazani Rodrigues, sentia em si o gosto pela música. Quando ouvia canções da velha guarda no rádio, que pertencia sua família, ficava eufórico e desde então sempre sonhara em cantar. Engrenou na música como profissional no ano de 2013, mas antes disso, já tocava guitarra e bateria com amigos em rodas de conversas. Hoje, é líder de uma banda musical denominada Vatukulu ( que em português quer dizer netos) onde é guitarrista e vocalista. Além de palcos nacionais, Makazani, já actuou em palcos internacionais com principal destaque para Suazilândia e África do Sul, e neste ano de 2018 planeia fazer uma tournée pela europa. Será este artista que o caro leitor irá conhecer hoje numa entrevistada descontraída concedida a Massala Arte.
Massala Arte:Quem é Makazani?
Makazani: Makazani como artista é um líder da banda “Vatukulu” composta por quatro elementos principais. As vezes convidamos alguns instrumentistas caso ambicionarmos realizar um concerto de grande envergadura.
MA: Quando que engrenou na vida artística?
MR: Entrei na vida artística de uma forma despercebida, no entanto foi em 2013 que formei a minha primeira banda e neste mesmo ano acompanhei alguns artistas como baterista. Em suma, posso dizer que profissionalmente comecei a cantar em 2013.
MA: Quais os estilos de música que canta?
MR: Bem, eu canto marrabenta, afro-fusion, e o próprio afro, que é um ritmo mais tradicional e africano.
MA: Sentes que estes estilos musicais são valorizados em Moçambique?
MR: Em princípio achei que os estilos não eram valorizados, por isso, antes eu tocava mais nunca quis levar este ritmo tradicional para os palcos. Porém, ganhei incentivo porque o público recebeu de braços abertos, e a partir de então comecei apresentar-me em grades palcos trazendo no reportório música meramente tradicional. E na minha opinião acho que receptividade da música por parte do público depende da forma como o artista faz a sua divulgação.
MA: Até então tem quantos discos lançados?
MR: Por acaso já tenho um álbum no mercado de nome “malamala” que é designação de um instrumento musical feito com chifres de animais. Este disco foi projectado em 2015 e as gravações começaram em 2016 e terminaram nos meados do mesmo ano. E em 2017 foi lançado e muito bem recebido pelo público.
MA: Além de Moçambique em que outros palcos já actuou?
MR: Já estive em palcos da África e Suazilândia. Na áfrica do sul actuei em cidades como Cape Town, Nelspruit, Johanesburgo, na Suazilândia em cidades como, Mbabane. E nesta última tenho tido muitos convites. Além de África recebo convites para actuar na europa, por isso para este ano de 2018 tenho uma tournée programada, para Alemanha, Suécia e Holanda.
MA: Como foi a receptividade da sua música na África do Sul e Suazilândia?
MR: Se formos a colocar na balança vamos perceber que os estrangeiros gostam muito da música tradicional. Com isso não quero dizer que os moçambicanos não gostam ou não valorizam, mas sim quero afirmar que os estrageiros é que afluem em maior número nos eventos de música tradicional.
MA: É possível viver da música em Moçambique?
MR: Na minha opinião é possível sim. Não estou falar exactamente de mim, mas falo de outros artistas que convivem comigo. Eles não trabalham só vivem da música.
MA: Existe uma grande rivalidade entre a música moçambicana e angolana, qual é a sua opinião sobre isso?
MR: Para mim essa rivalidade não devia existir. No entanto, eu acho que a música moçambicana é melhor que a angolana. Eu lembro que quando eu era mais novo, não se valorizava a música moçambicana. A mesma era tocada de vez em quando na rádio, mas de uns tempos para cá independentemente do seu estilo já se mostra valorizada. Na minha opinião o público valoriza tanto a música moçambicana como à angolana. Entretanto, o que traz conflito é que os promotores de espectáculos pagam mais aos cantores angolanos em detrimento dos moçambicanos.
MA: Um outro aspecto que gostaria de realçar é que os artistas angolanos sempre estão em palcos moçambicanos, mas não acontece o inverso com os nossos artistas, na tua opinião o que está falhar para os moçambicanos realizarem frequentemente espectáculos na terra do kwanza?
MR: Acho que os angolanos deviam se preocupar em abrir linhas para os moçambicanos entrarem no seu país, porque pode chegar uma altura que as portas se fechem para os angolanos. Uma vez que este é um assunto muito debatido na media. E os músicos moçambicanos deviam ser mais unidos para poderem ir além das portas angolanas.
MA: Nome de um Artista moçambicano que consideras de eleição?
MR: Artistas são muitos no entanto, o que me vem a mente neste momento é Alexandre Langa.
MA: O que inspira-te para escrever as tuas letras?
MR: Inspirou-me no quotidiano, como moçambicano e como africano. Nas minhas músicas falo mais de nós africanos, porque para mim, não somos unidos e achamos que para desenvolver o continente precisamos de cometer homicídios o que está errado. Senão olhemos o ocidente, eles tem uma maneira única de viver. E o que falta em nós é exactamente esta originalidade no modus vivendi.
MA: Que crítica faria a música moçambicana?
MR: Se fosse para fazer uma crítica fá-lo-ia a nível das mensagens das músicas. Embor ache que a música não precisa ter necessariamente uma mensagem para ter valor.
MA: O que acha que está mal, que tem que melhor na música moçambicana?
MR: A nossa música precisa de mais qualidade e os artistas devem optar em realizar espectáculos ao vivo, com banda.
MA: Qual é o teu sonho com artista?
MR: o meu sonho como Artista e ser famoso e ter mais dinheiro (risos).
Parabéns pela entrevista ao músico Makazane que now tem brindado com música de qualidade e que muitos Moçambicanos precisam conhecê-lo ainda. Mas perder tempo a falar de Angola e seus Músicos com um cantor cujo estilo nada tm a ver com aquele país , mostrou falta de agenda e maturidade por parte da Massala. Ou seja não é público que enaltece a música e músicos angolanos, são vocês que nos enfiam Angola girls abaixo até quando estamos a falar de música de raiz. Deviam ter falado dos Alexandres, Xigiminguana, Mahecuanes, etc etc que vão mais de encontro não só ao estilo assim como a mensagem da música do Makazane até porque, ele deixou claro que bebeu muito conhecimento da velha guarda Moçambicana.
ResponderEliminarObrigado pela crítica e observação. Nós vamos tentando melhorar a cada matéria que passa, somente para satisfazer as necessidades dos nossos leitores.
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