Kuche Quintet marca o dia Internacional do jazz em Maputo

Para celebrar o dia Internacional do Jazz, a Fundação Fernando Leite Couto (FFLC) apresentou na noite desta terça-feira, 30 de Abril o concerto da banda Kuche Quintet.

A ideia do evento era fazer um tributo a história do jazz africano e seus fazedores. Liderado pelo saxofonista Timóteo Kuche este conjunto musical propõe lembrar nomes sonantes do continente negro, desde os antigos aos contemporâneos tais como, Jimmy Dludlu, Ivan Mazuze, Kaya Mlhango, Hugh Masekela, Fela Kuti, Abdullah Ibraim entre outros.

A seguir vejam as fotografias do concerto da Kuche Quintet que levou aos admiradores do Jazz afluirem em massa a FFLC, na Cidade de Maputo.

 Breve Nota da história do Jazz

O jazz tem origem nos Estados Unidos da América, através da comunidade afro-americana no século XIX, tornou-se popular nas primeiras décadas do século XX. NovaOrlãsé a cidade reconhecida como aquela que nasceu este estilo musical.

O dia internacional do Jazz foi criado pela UNESCO a 30 de Abril de 2011, graças ao pianista e embaixador da boa vontade da UNESCO, Herbie Hancok.

Celebrado pela primeira vez em 2012 o Dia Internacional do Jazz, tem como objectivo lembrar a importância do género musical e o seu contributo na promoção de diferentes culturas e povos ao longo da história. O jazz está associado à luta pela liberdade e à abolição da escravatura. 
 Dos melhores nomes do jazz mundial destacam-se: Miles Davis, Chet Baker, BillieHoliday, Ella Fitzgerald, Nina Simone, John Coltrane, Louis Armstrong, Edward Ellington e DizzyGillespie só para citar alguns nomes.

Para conhcer os nomes dos integrantes da banda acesse o link 

Grupo de teatro Anónimos leva Samuel Beckett aos palcos

Trata-se da peça A Espera do Godot do dramaturgo irlandês, Samuel Beckett, que é levada aos palcos da cidade de Maputo, pelos actores Fernando Macamo e Castigo dos Santos, a mesma já  foi apresentada no Centro Cultural Universitário, Centro Cultural Municipal Ntsindya, só para citar alguns espaços.

A história gira em torno de dois amigos, Didi  interpretado pelo actor Fernando Macamo  e Gogo encarnado por Castigo dos Santos. Ambos atravessam vários momentos inusitados durante o andamento da trama.

Dependendo da situação da cena, Didi e Gogo mudavam o seu humor, ora alegres ora tristes e vice-versa. Despertavam sentimentos de medo, comoção e ansiedade, sempre esperando aquele que eles julgavam que fosse o Godot. Nessa espera, dançaram, cantaram e nalguns momentos o sentimento de suicídio tomou conta do Gogo, no entanto seu amigo Didi o fortalecia com seu optimismo. Nesse meio tempo de espera, os amigos brincavam com diversas situações da vida para ver se o tal senhor que esperavam chegava, mas nunca chegou, Godot era um enigma para os personagens bem como para os espectadores.

Eles esperavam por alguém que não conheciam, não tinham outra informação do Godot fora o seu nome, mas esperavam com esperança e sempre que um estrondo se fazia, corriam para ver se não tratava-se do seu senhor. O Godot nunca chegou de aparecer, porém Didi e Gogo não desanimavam esperavam com paciência.

Nesta peça Samuel Beckett nos convida a espera, pois todos nós temos o nosso Godot, no qual esperamos a sua chegada. Nós como seres humanos, esperamos a realização de muitos sonhos e mesmo que não se realizem, nós continuamos a espera. Verdade ou não cada um de nos é Didi ou Gogo da própria vida, cada um tem um legítimo Godot no qual espera sempre.

Construção das personagens

Segundo dos Santos o trabalho corporal foi importante para construir seu personagem. Na tramaGogo é dificiente e atravessa momentos de alegria e tristeza. Por isso segundo nos conta Castigo, a construção do Gogo foi na base da observação, de pessoas com deficiência da Associação dos Dificientes de Moçambique (ADEMO).

Por sua vez Didi interpretado por Fernando Macamo é um personagem forte e animador. A sua  construção foi resultado de um trabalho de campo. Macamo acrescentou ainda que a peça foi ensaiada   durante seis meses para melhor envolvimento dos actores no enredo.